segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Brasil, um país de todos??

Em algumas cidades do Brasil, onde não haverá segundo turno, já está definido o quadro executivo/legislativo que irá governar os municípios nos próximos quatro anos. Os candidatos eleitos ou reeleitos comemoram a merecida (ou não) vitória, enquanto os que disputarão uma “nova eleição” já reiniciam seus trabalhos de divulgação e “briga” pelos votos dos candidatos derrotados previamente. Assim, cabe uma análise pessoal da política no Brasil. Pode não ser uma análise correta, onde contestações inteligentes e lógicas serão acatadas.
É muito interessante observar os candidatos às vésperas da eleição, não só os de sua cidade, mas os das cidades vizinhas ou influentes à sua. Ética, respeito ao eleitor, trabalho, honestidade, mudança, entre outras, são as palavras preferidas dos senhores concorrentes, haja visto que essas deveriam ser OBRIGATORIAMENTE características concretas de qualquer candidato à essas funções, mas que na maioria das vezes não acontece. Claro que isso não é novidade pra nenhum eleitor, pelo menos não para aqueles que realmente conhecem o sistema político brasileiro. Chega a ser enjoativo assistir o horário eleitoral, onde os candidatos dizem sempre as mesmas coisas apenas diferenciando as palavras e expressões faciais. Inclusive, as expressões faciais são muito interessantes, pois, a partir das tais podemos diferenciar o candidato que está realmente dizendo o que tem vontade de fazer enquanto político, daquele que está lendo um maldito texto ao lado da câmera que muitas vezes nem é escrito pelo próprio. Isso é apavorante, porque às vezes aparecem pessoas na política que se candidataram apenas pra “ter o que fazer” durante alguns meses. Seria interessante, que fosse aplicado um filtro, ou algumas exigências mínimas para que uma pessoa pudesse concorrer a alguma função pública, assim como em concursos para funcionários. Para que um engenheiro possa projetar uma casa, é necessário que ele estude e seja diplomado. Para um médico ser habilitado a realizar uma cirurgia, ele precisa ter total lucidez sobre aquilo que está fazendo. Agora, para uma pessoa fiscalizar o dinheiro da população, executar obras com esse dinheiro, tomar decisões pelo povo, a pessoa precisa apenas de popularidade? Claro que, sem generalizar. Isso não se aplica a todos, considerando que o Brasil TEM SIM (embora ameaçados de “extinção”) políticos honestos e preocupados com o futuro do país.
“A educação é a base de uma nação forte, tralalá e tralalá”.
Há quantos anos estamos ouvindo (lendo) isso durante as campanhas eleitorais, tanto para prefeito quanto para presidente, deputado, senador, enfim! É evidente de que é uma afirmação correta, tomando como exemplo o Japão: A destruição do país durante a Segunda Guerra Mundial, não impediu que a reestruturação do país contasse com um grande investimento e preocupação com a educação e qualificação dos japoneses. O que refletiu nos tempos atuais, onde o Japão é um dos pólos mais importantes do mundo no desenvolvimento da tecnologia. O Brasil perde FEIO em questões de infra-estrutura, desenvolvimento social, e educação quando analisado paralelamente com o Japão, por exemplo. E isso, porque o Brasil é 22 vezes mais extenso que o Japão. E os recursos naturais? E a população do Brasil comparada com a do Japão? Quantos engenheiros, cientistas ou médicos teríamos a mais do que alguns países “desenvolvidos” se o estudo e a absorção de conhecimento fossem realmente estimulados pelos governantes conforme suas promessas em tempos de campanha?
A presença de tantos fiscais de coligações nos centros de votações é algo também questionável. Com o objetivo de constatar irregularidades nas campanhas adversárias, alguns destes além da função pré-determinada, acabam gerando tumultos e discussões por acusações verdadeiras (ou não) o que pode acabar em briga ou desentendimentos mais sérios. Agora, se os candidatos levassem mesmo a sério a questão da honestidade, não iriam se aventurar a qualquer ação que é contra a lei no dia da votação. Até dá a impressão de que no Brasil, “se for tudo feito dentro da lei, as coisas não funcionam”. Se a honestidade realmente predominasse, os fiscais seriam desnecessários. Mas por aqui, isso é mais ilusório do que “Papai Noel de trenó no Natal”.
Segundo a FOLHA DE SÃO PAULO, o Brasil é o Campeão Latino Americano de cobrança de impostos (Uma boa oportunidade para o Brasil levar mais um título mundial!). No primeiro trimestre deste ano, a arrecadação foi de aproximadamente 160 BILHÕES de reais. Perguntas freqüentes e comuns entre contribuintes são: Pra onde vai o dinheiro? Onde estão as obras que constam nessa Prestação de Contas? Campanhas são lançadas, pregando responsabilidade fiscal, importância do pagamento de impostos e afins. Lógico que os impostos devem ser pagos, os serviços públicos custam dinheiro. Mas não é necessário ser um economista ou administrador conceituado para constatar que o dinheiro das contribuições NÃO é aplicado com a mesma eficiência que é recolhido. Isso reflete na aparência da cidade, na espera de um atendimento no serviço público de saúde, enfim.
No dia 25 de maio de 2007, circulou a notícia:
(...)
"O ministro de Agricultura do Japão, Toshikatsu Matsuoka, de 62 anos, se suicidou hoje, horas antes de prestar declarações ao Parlamento sobre um escândalo envolvendo fundos políticos. Ele é o primeiro ministro a se suicidar no Japão desde o fim da 2ª Guerra.”
Fonte: Canal de notícias do Portal Terra.
Parabéns para esse ministro! Se fosse possível extrair e envasar o nível de “vergonha na cara” de alguns milhares de políticos brasileiros, poderíamos guardar tudo dentro de uma garrafa de “sodinha”, enquanto para o ministro em questão, utilizaríamos um caminhão tanque.
É revoltante ver semanalmente nos Jornais e noticiários, esquemas de corrupção, fraudes e práticas de má utilização do dinheiro público, quase que sempre por membros do governo ou de pessoas direta ou indiretamente ligados (as) a tal. É impressionante como denúncias de corrupção onde é EVIDENTE que o acusado é culpado, são arquivadas pelo Superior Tribunal de Justiça. É imprescindível que sejam reformuladas as punições para atos de corrupção e afins, obrigando assim os infratores a PAGAR pelos crimes cometidos contra a população, ou ainda tomar o mesmo rumo do Ministro Japonês. (Se não quer pagar pelo que fez, pelo menos não encha mais o saco e vá pro inferno!).
O descaso com a segurança pública, também é um ponto que merece destaque. Policiais sem qualificação e treinamento suficiente, perseguem e matam cidadãos, onde posteriormente comandantes da Polícia dizem em declarações públicas que foi uma atitude “desastrosa” e que o erro foi cometido por uma CONFUSÃO dos policiais no momento da abordagem. Calma lá. Tá cego porra? O que uma criança dentro de um carro dirigido por sua mãe poderia fazer contra um policial armado? Lançar-lhe uma fralda cheia de merda?
O investimento em material bélico e qualificação das forças armadas, também deveria ser tratado com mais “carinho”, pelo fato de que certos países desenvolvidos, com material de guerra sobrando e um espírito dominador intenso, vêm tomando países com riquezas naturais interessantíssimas Ex: PETRÓLEO. O que os impede de “tentar pegar pra eles” a Amazônia e toda nossa diversidade de espécies de animais e plantas, e toda nossa ÁGUA? O Exército? Marinha? Aeronáutica? Seria um Jogo de xadrez entre um certo Presidente da República e, que Deus o tenha, Albert Einstein. Talvez nem dê tempo de conseguirem algo, pois da maneira que anda o desmatamento, é bem possível que quando resolvam nos EXPLORAR, não tenha mais merda nenhuma aqui, como mostra o caso mais recente denunciado ontem (05 de outubro de 2008), pelo Fantástico onde uma madeireira ILEGAL atua intensamente dentro de um assentamento do INCRA (Instituto Nacional de Reforma Agrária) no interior do Mato Grosso.
Não é difícil perceber que o sistema político brasileiro é extremamente FALHO, e que não mudará (talvez piore) se não for expandida uma revolução política altamente abrangente, visando reeducação política, fiscal e social onde desde cedo, as ESCOLAS e as FAMÍLIAS eduquem cada cidadão, mostrando-lhes a importância de ser CORRETO nas questões que envolvem a sociedade. Se a atual geração não agrada com a maneira que governam as cidades, estados, o PAÍS, cabe aos jovens começarem desde já aprofundar o envolvimento na política e nas questões comuns a todos os que vivem dentro desse “pequeno” espaço delimitado por linhas imaginárias que todos chamam de BRASIL. Porque “Na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério”! Tomem a frente, mudem a história desta terra, façam a REVOLUÇÃO!

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